terça-feira, 9 de junho de 2009

garagem

demorei a dormir e quando dormi foi turbulento.
uma invasão tão grande e forte que não sei por onde começar a explicar.
lembro bem do momento em que me coloquei a frente do meu pai para que as balas não o atingissem, como se eu fosse imortal, e ele não.
talvez para mim eu seja imortal e ele não.
as balas fizeram feridas no meu corpo - eram uma mistura de sangue com queimadura, igualzinha a ferida no meu peito.
ontem, andando de bicicleta perdida na imensidão londrina, machuquei meu bico do peito. e acredito que dormir com essa ferida tão junto de mim num lugar tão intimo e ardido me invadiu o inconsciente.
depois de diversas feridas, acordei apenas com uma.

Sem comentários: