sábado, 14 de novembro de 2009

som.om.om.om.om.

cheia de bençãos durmo tranquila ouvindo um som. ser imagem. o som que ouço transmuta a partir dos segundos que entra pelos meus ouvidos e dentro de mim se transforma em paz e cura.

sigo motivada pelos sons que emitem os seres e viveria uma vida de som e acordes. me conecto com o que é verdade.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

--o que busca jovem aprendiz?
--meu senhor, sou agnã e venho a procura de luz
--e qual a luz que deseja?
--a luz da sabedoria para guiar o meu espírito.

terça-feira, 21 de julho de 2009

um segundo que engole-se seco e a desigualdade do mundo circula nas minhas veias pulsando e o instante é palpável.

demos leite porque era no momento tudo que podiamos fazer. andamos em silencio e sentadas olhamos o por do sol dourado nas casas brancas. o olho dela castanho e o meu, azul.
ultimo por do sol naquele tom de dourado. fomos até o mar, na beirinha dele. o instante se eterniza; as duas em silêncio pedindo benção para iemanjá; pelas graças alcançadas, proteção e sorte.
"achei que o gatinho ia morrer nas minhas mãos"

peguei as pedrinhas e as devolvi ao mar.

terça-feira, 7 de julho de 2009

fragmentos de caderno

dúvidas - duas vidas

quando se está muito em grupo e pouco sozinha, ao estar-se sozinha ocorre um estranhamento; estar sozinha acostuma-se e desacostuma-se. Mas ao reentrar na solidão voltam grandes prazeres como esrcever, desenhar, pensar, comer o que quiser, ficar em silêncio, se dar prazer, fazer a unha e navegar.

mais prazeres de se ficar sozinha:
ler para ficar em paz
prestar atenção na gaia
lembrar quem eu sou.
*respirar.

seres evoluídos são incríveis. muito prazerosos de se ter ao lado.

liberdade


Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
(Perto do Coração Selvagem) - clarice lispector.



quarta-feira, 17 de junho de 2009

..."nao despreza os teus irmãos, amostra tua luz de amor
sou filho da verdade e do poder superior
a minha mãe que me mandou trazer fé e amor"....

as memórias cantadas de ritmos e sons.
pensamentos aleatórios jogados por ai, para que alguém ouça, ou sinta parte dessa força.
a força desce, vem, e se materializa em mim. respiro com fé, e abro meu coração, sinto um chamado. "minha fé que me trouxe aqui"; fui trazida.

vou sair por ai. de bicicleta rápida, de cabelo molhado de vento. de colar de prata entre o peito e de casa nova. e coluna alinhada e ombros abertos.
eu liguei e ela não entendeu nada. como as pessoas se conectam!? é destino? existe isso?
que será que exite...?
fico tentando solucionar uma equação dentro de mim, com o passado, presente e futuro.
eu sou o que eu sou.

um lado

cada palavra e som que levo no peito e na alma.
tem coisas que são boas de serem feitas sozinhas.
me orgulho de mim como ser individual.

terça-feira, 9 de junho de 2009

learning

garagem

demorei a dormir e quando dormi foi turbulento.
uma invasão tão grande e forte que não sei por onde começar a explicar.
lembro bem do momento em que me coloquei a frente do meu pai para que as balas não o atingissem, como se eu fosse imortal, e ele não.
talvez para mim eu seja imortal e ele não.
as balas fizeram feridas no meu corpo - eram uma mistura de sangue com queimadura, igualzinha a ferida no meu peito.
ontem, andando de bicicleta perdida na imensidão londrina, machuquei meu bico do peito. e acredito que dormir com essa ferida tão junto de mim num lugar tão intimo e ardido me invadiu o inconsciente.
depois de diversas feridas, acordei apenas com uma.

terça-feira, 26 de maio de 2009

as saudades

como são as saudades.
as vezes recebo frases de saudades.
diariamente as sinto. já se estabeleceu no meu corpo e alma e devido a isso não a percebo todo dia, porque já está escostadinha em mim, ela não vem, ela está.
areia no pé. areia molhada no pé. pé que afunda na areia molhada. areia pelos todos cantos.
mar salgado e boca salgada de entrar no mar. água de coco para tirar o sal da boca.
mergulho na onda para tirar a panema.
água doce que cura.
cachoeira que é gelada, da frio de entrar mas SEMPRE vale a pena.
almoço com milho e palmito.
mamão. peito de peru. pão frances, na chapa. café de verdade. padaria.
calor humano, suor, fedido. forró, maracatu, samba, sandália que arrebenta.
saia rodada.
regata.
abraços e beijos só por dar.
amor de mãe, de pai, de madrinha, de padrasto, de madrasta, de vó, de prima, primo, de amiga, de amigo, de irmão, de 2 irmãs, uma grande e uma pequenina.
de fogueira e ritual em roda. tambor, caxixi, violino, sino.
de sol quente.
de amor incondicional.
sinto. deito e sinto meu corpo por dentro. pedindo clemencia.
uma amiga amada sorriu pra mim e me disse que me lê. pediu por mim e eu sem conseguir evitar, ouvi.
um tempo novo, o tempo de agora. não tenho mais por onde fugir de minhas próprias convicções.
os sonhos me trazem o que pra mim é mais importante, me trazem o contato com quem está distante e perto.
minha vida vai traçando dentro de mim minhas escolhas.

sentei ontem e fiquei a olhar. um homem me acusou de algo que não fiz por alguma acusação dele com ele mesmo. ouvi. imaginei um círculo de energia lilás azul e branca a minha volta me protegendo de qualquer coisa que pudesse vir dele, que não era meu.
alguns minutos depois ele voltou, com um presente e um pedido de desculpa.

será que eu que fico no meu próprio mundo?

terça-feira, 21 de abril de 2009

intercessão

trocamos olhares rápidos que pareceram demorados. era um sinal dele para que eu começasse. levantei, peguei o sino e fui ao centro.
meu corpo mesmo sendo meu passou a ser usado como instrumento de força e energia não meus. o que me cabia era segurar o sino e e ele tocava sozinho sem meu esforço.
o som permanecia e minha voz soltava o som e ouvia e continuava tocando. eram tantas ações ao mesmo tempo porém tudo ocorrendo naturalmente.
meu corpo como intercessor. encaminhando um batalhão para a luz.
após o último nome ser lido e queimado a força a minha volta subiu e ajudei com minhas mãos, como despedida aos céus.
foi muito claro e concreto.
ao sair do centro meu corpo tremia, minhas pernas tremendo tentando reestabeler a minha própria energia. balancear novamente meu próprio eixo.
foi provado e entendido por mim algo maior pela primeira vez.
e nunca será esquecido, apenas mais estudado para ser melhor compreendido.

"venho pedir intercessão para a minha mãe divina.
pedir cura e proteção para a toda gente minha"

quarta-feira, 15 de abril de 2009

pedaços

pedaços de seres a minha volta; não consigo compreender nem tento. os sinto como sinto meus próprios pés e mãos. as formas e desenhos de seus corpos ficam ambiguos ao meu olhar, não os enxergo porém os entendo, os estudo.
permaneço com meus pés na luz do sol aquecendo pedaços de mim que me sobram.

sábado, 28 de março de 2009

maias

era um grupo formado e eu recebendo "autorização" para ser parte também. como uma comunidade e eu me tornando membra. todos usavam branco e estávamos nas entranhas da montanha, com teto de raízes com mandalas pinduradas, lindas brilhantes, de cristal, que giravam e refletiam a luz do sol que batia entre as raízes.
recebi como nova membra um presentinho embrulhado, que era um pedaço de trança, de cabelo, que para ser bem sincera não entendi direito, porém gostei muito e recebi como o presente mais importante e especial que poderia receber. entendi que ele iria se autoexplicar no futuro.
saímos de dentro das montanhas comemorando cantando tocando, para ver o vale. haviam algumas pessoas em cavalos, e os cavalos eram como cavalos voadores, saltavam nos galhos das árvores sem cair, flutuando.
sentamos para ver o vale e de repente foi pedido o silêncio. e o silêncio absoluto reinou. no horizonte mais a esquerda vinha em nossa direção um corpo em chamas, e alguém correndo atrás desta pessoa pegando fogo.
lembro de ficar muito chocada, e talvez por estar vivendo numa comunidade "ideal" de amor e paz, aceitar a realidade do mundo foi meio chocante. a realidade em forma de agressão, assasinato, fogo.
entramos para a montanha chocados, a espera de virem nos pegar.

as mandalas foram tiradas as pressas, delicadamente e com cuidado.
"ana, não vai dar tempo de fugir e levar tudo conosco"
"mas vamos tirar tudo para que nunca saibam como é que vivíamos."

quarta-feira, 25 de março de 2009

ao astral

me envolvo em meus pensamentos como sempre, como todos.
as vezes dá vontade de dar uma pausa, meditação.
e o ciclo de todos continua cheio de perguntas e respostas pros que querem e podem ver, um ciclo de aprendizados que só aprende quem quer.

"da terra ao astral
os inimigos atacar
na espada de são miguel
todos vão se transformar

as estrelas do céu
brilha para quem tem amor
nas matas do meu pai
corre água e nasce flor

as curas estão abertas
aos bons de coração
quem recebe merece
agradece nunca esquece"

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

súbito

sem os predicados.....
recebos os presentes que o dia me traz.
ao sair de casa me abro a simples possibilidade, estou exposta.
andei hoje de meia-calça preta imersa em uma personagem minha de mim mesma. adicionei novas caracteristicas e formas a ela e segui caminhando vestida de flores. "this is original from the 70's".....
conheço pessoas na rua e cruzo com os meus personagens que andam de bike.
dou beijos vespertinos e ligo marcando-os.... quero os dar.
entro nos prédios e penso em improvisation........ everything is improvised..... meus passos interferem nos próximos passos e seguem por aí, tento correr cantando e agora com maior folego e respiração cantando corro.
me atropelo com distinção, cuidado e respeito, neste percurso que é só meu.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

divine



lápis de cor e photoshop

domingo, 15 de fevereiro de 2009

até duas da tarde

No aeroporto. Comecei a encontrar pessoas conhecidas. Cada um com sua importancia, não sei direito explicar. Aconteceu.
O aeroporto muito estranho, um caos completo. Tinhamos que ir de um lado pelo outro, como num labirinto e eu tentando decifrar o que estava acontecendo. Como é reflexo do que eu passo durante os dias. Meio que tentando decifrar pelos outros e por mim. (?)
Um trabalho. Num quarto, minha irmã ao meu lado. Minha mãe próxima. Muito amor e abraços, transe incompreensível e minha irmã fora daquilo tudo, “isso não é pra mim" ela falava a ela, a mim e a todos. No final do trabalho poemas de amor a minha mãe. Tentando fazer com que ela compreendesse o quanto tem importância e o quanto é amada. (eu também tenho dificuldades de entender como ela? Talvez precise de provas constantes dos outros perante a mim)
Fomos embora de carro pela Estrada cheia de curvas e outros carros que entravam com velocidade. Ela dirigia rápido ou talvez fosse minha impressão, mas mesmo assim reclamava para ir mais devagar e ela insistia que era impressão.
Sai do carro, da situação. 12:34pm. Entrei de novo desesperada porque minha irmã nunca havia chegado, e talvez minha mãe também, e eu na busca do que poderia ter acontecido com elas. Entrei numa casa e tinha sangue, uns caras muito estranhos, soube na hora que algo estranho tinha acontecido, perguntava por elas e eles não respondiam porem consentiam. Comecei a procurar pela casa, que era velha e na beira da Estrada. Abri todos os armarios, portas, pedaços de chão, querendo achar porem com medo de de fato achá-las.
Não consegui achar mas entendi que não as acharia ali nem em nenhum lugar.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

instalation


instalação desenvolvida a partir do conto "a livraria de babel" de jorge luís borges.

maquete escala 1:25

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

a mim

o PENSAR se consolida como o maior poder do ser em transformar a atitude, a energia e o espírito.

a vebalização de um pensar cujo a verdade não é pura e sim alterada pelo poder do ego, criatividade e medo, se tranforma de pensar para palavra materializando uma hipótese em uma possibilidade real.

A possibilidade cria forças.

Abter-se de viver as possibilidades (porém tendo-as consciente) e viver o momento em si, presente (espiritualmente e fisicamente, consciente).

Esta presença trará melhor discernimento para decisões e atitudes além de serem mais claras e verdadeiras.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

friday night


i fell you on me
looking at me as it was the first time.
and I quite enjoy it

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

burka

tudo branco, parece branco de paz. cheio de bonecos de neve espalhados pela cidade.
quanta coisa incrível o homem faz apenas para se divertir. pequenas coisas da vida que fazem a diferença, um sorriso, qualquer pequeno detalhe.
no ônibus pensei no que seriam tais coisas que fazem a vida valher a pena, que trazem algum sentido que nos faz sentir vivos.

ela entrou como sempre entram algumas, e eu envolta em pensamentos de fé e de movimentos de vida, me deparei com aquele preto todo com o branco de neve a sua volta. e por um segundo entendi uma certa felicidade - dela- em ter uma crença, um sentido de vida.

tudo segue como uma opção e saber usá-la e exercê-la.
as lições passam por nós nos dando a opção de aproveitá-las ou não.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ao sair, percebi sua presença.
me enganei porque achei que havia ouvido o motor do carro estacionando, e por isso ela havia chegado, e na verdade ela vinha a pé, lá do fim da rua.
me endireitei, e quanto mais ela abaixava acabeça fingindo não me ver eu estendia a minha coluna para que fosse vista sim.
após a conversa sorri, senti força, coragem.
ao chegar em casa chorei de existir.

plantar e colher

...."Quem planta colhe
Colhe tudo o que plantou
Vamos plantar
Sempre a semente do amor

A sementeira está
Dentro do seu pensamento
Semente boa ou ruim
Se planta a todo momento

Preste atenção
A semente do perdão
Que dá frutos
Que alimenta o coração

O tempo vem nos mostrar
Quem plantou certo ou errado
Nos traz a pura verdade
Dos atos lá do passado

O tempo passa
E não espera ninguém
O Pai Eterno
Logo vem colher também

Todo mundo é livre
Pra plantar o que quiser
E construir o seu ser
Com os frutos que vai colher....."
retratos e seres a minha volta. sinto os cheiros ouço um som e meu corpo sentindo cada nota.
viro eu mesma pura por um só segundo. ao me deparar comigo pergunto :" e aí " e ouço o eco da minha própria voz criada por mim.